13 março 2009

"Relatos" da Primeira Grande Guerra


«Na Frente Ocidental, as condições da guerra em finais de 1915 eram aterrorizadoras(...)»
«Durante o mês de Novembro a chuva foi tão intensa que muitas trincheiras tinham água até aos joelhos e por vezes até á cintura(...)»

È sobre estas condições que quero relatar o seguinte acontecimento:

« Houve um episódio nesse [mesmo] Inverno que foi falado em toda a Frente Ocidental. Por sobre um parapeito alemão narrou Gibbs [correspondente na linha da frente], «apareceu um cartaz onde se lia, em grandes letras: "Os Ingleses são idiotas". Não somos tão idiotas quanto isso", disse um sargento, e pouco depois o cartaz foi feito em pedaços com fogo de espingardas. Apareceu outro cartaz, que dizia: "Os franceses são idiotas". A lealdade para com os nossos Aliados causou a destruição desse cartaz.
Surgiu um terceiro cartaz: "Somos todos idiotas. Vamos mas é para casa."
Também esse cartaz foi destruído, mas a mensagem causou alguns sorrisos, e os homens diziam: "Há muito de verdade naquelas palavras. Por que é que isto há-de continuar? É por causa de quê? Os velhos que começaram esta guerra que venham lutar entre eles em Hooge. Os homens que estão a lutar não têm nenhuma questão seria entre eles. Queremos todos ir para casa, para as nossas mulheres, para o nosso trabalho". Mas nenhum dos lados tava preparado para ser o primeiro a "ir para casa". Ambos os lados tinham caído numa armadilha - uma armadilha infernal, da qual não havia escapatória.»»
First World War, Martin Gilbert

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