4ª Brigada de Infantaria
(do Minho)



 Gráfico da permanência nas linhas das brigadas da 2ª Divisão
Gráfico da permanência nas linhas das brigadas da 2ª Divisão
 9 de Abril
9 de Abril 
«Foi sem dúvida na esquerda da linha, no sector de Fouquissart, guarnecido pela Brigada do Minho, que mais incarniçada foi a luta. Ao mesmo tempo que, na batalha, morreram 22 officiaes das tropas d'este sector, sendo 15 de Infantaria, 4 de metralhadoras, 2 de morteiros e 1 d'artilharia (...)» 1
«Tendo um efectivo reduzidíssimo e ocupando uma área de entrincheiramentos excessivamente grande, sem abrigos suficientes para pessoal, quer pelo seu restrito número, quer pela sua resistência, sob a acção do mais terrível e mortífero fogo de metralha, vomitado por centenas e centenas de canhões e morteiros, a Brigada sacrificou-se no seu pôsto de honra, segundo as ordens recebidas.» 2
«No lado esquerdo da 1ª linha portuguesa, guarnecido pela "Brigada do Minho", a luta foi mais violenta e, por isso, com maior numero de baixas: os alemães atacaram o lado esquerdo da "Brigada do Minho", zona fronteiriça com uma Brigada Inglesa, aproveitando as dificuldades de ligação e de comunicação aliada, inerentes a uma zona de junção de Brigadas de nacionalidades diferentes.
Os actos heróicos de resistência foram múltiplos na Brigada portuguesa que assistiu á morte e ao aprisionamento dos seus camaradas, num ritmo altamente destruidor e desmoralizador. Graças aos Minhotos, os alemães não cumpriram o seu objectivo: romper a linha aliada, através dos portugueses para atravessar o rio Lys.
Segundo António Rosas Leitão, a Infantaria 20 (originária de Guimarães), a Infantaria 8 (originária de Braga) e a Infantaria 3 (originária de Viana do Castelo) sofreram 60% das baixas, entre mortos, feridos e prisioneiros, dos seus efectivos, justificando a atribuição, após o final da I Guerra Mundial, de medalhas de valor militar e cruzes de guerra quer ás unidades da "Brigada do Minho" quer individualmente.»
*Pequeno resumo da participação da "Brigada do Minho" na I Guerra Mundial, para mais informações contactar o Blog*
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1. General Fernando Tamagnini, "Os meus três comandos", Isabel Pestana Marques, Memórias do General 1915-1919
2.Eugénio Carlos Mardel Ferreira, Tenente-Coronel, 2º Comandante da 4ª Brigada de Infantaria
Bibliografia:
                                                                            
                                                                            


La Lys



 «A 4ª Brigada de Infantaria que desde 7 de Fevereiro do corrente ano de 1918 guarnecia e tinha a seu cargo a responsabilidade do sector de "Fauquissart", tendo a cooperar com ela tacticamente o 6º Grupo de Metralhadoras Pesadas e as 4ªs baterias de morteiros médios e morteiros pesados, tinha as suas forças distribuídas no referido sector no dia 8 de Abril da seguinte forma:
«A 4ª Brigada de Infantaria que desde 7 de Fevereiro do corrente ano de 1918 guarnecia e tinha a seu cargo a responsabilidade do sector de "Fauquissart", tendo a cooperar com ela tacticamente o 6º Grupo de Metralhadoras Pesadas e as 4ªs baterias de morteiros médios e morteiros pesados, tinha as suas forças distribuídas no referido sector no dia 8 de Abril da seguinte forma:
Batalhão Infantaria 20: com sede do comando em Temple-Bar, ocupava o S.S.1. (Fauquissart I) com 3 companhias na 1ª linha e uma em apoio.



 «A 4ª Brigada de Infantaria que desde 7 de Fevereiro do corrente ano de 1918 guarnecia e tinha a seu cargo a responsabilidade do sector de "Fauquissart", tendo a cooperar com ela tacticamente o 6º Grupo de Metralhadoras Pesadas e as 4ªs baterias de morteiros médios e morteiros pesados, tinha as suas forças distribuídas no referido sector no dia 8 de Abril da seguinte forma:
«A 4ª Brigada de Infantaria que desde 7 de Fevereiro do corrente ano de 1918 guarnecia e tinha a seu cargo a responsabilidade do sector de "Fauquissart", tendo a cooperar com ela tacticamente o 6º Grupo de Metralhadoras Pesadas e as 4ªs baterias de morteiros médios e morteiros pesados, tinha as suas forças distribuídas no referido sector no dia 8 de Abril da seguinte forma:Batalhão Infantaria 20: com sede do comando em Temple-Bar, ocupava o S.S.1. (Fauquissart I) com 3 companhias na 1ª linha e uma em apoio.
 Batalhão Infantaria 8: com a sede do comando em Hyde-Park, ocupava o S.S.2. (Fauquissart II) com 3 companhias em 1ª linha e uma em apoio.
Batalhão Infantaria 29: com sede do comando em Red-House, constituia o apoio dos batalhões em primeira linha, tendo as suas companhias distribuídas pelos postos de apoio da 2ª linha.
Batalhão Infantaria 3: com sede do comando em "Laventie" constituia a Reserva tendo todas as companhias acantonadas nesta posição.
Morteiros médios e pesados, 4ª B.M.L., grupo de metralhadoras pesadas, achavam-se distribuídos pelas respectivas dos dois sub-sectores.
A 4ª Brigada de Infantaria ligava-se no seu flanco direito com a 6ª Brigada de Infantaria e no flanco esquerdo com uma Brigada Escocesa (119ª Brigada da 40ª Divisão Britânica) que havia dias ocupava o sector de "Fleurbaix", vinda da ofensiva do "Somme" de 21 de Março. O efectivo da brigada achava-se extremamente reduzido, pois em principio de Abril faltavam-lhe em pessoal e animal, para o seu completo, aproximadamente 51 oficiais, 1300 praças e 85 solípedes, o que era devido não só ás baixas que dia a dia a brigada vinha sofrendo nas operações com o inimigo nas ainda ao rigor do clima a que os Portugueses não estavam habituados e ao violentos e árduos trabalhos que sem descanso eram exigidos ás tropas da Brigada, desde que seguiu da zona da retaguarda para a frente em 21 de Julho de 1917, primeiro para instrução em 1ª linha por enquadramento sucessivo de companhias, e depois de batalhões sem e com responsabilidade, nos sectores ocupados por tropas inglesas desde "Fleurbaix" a "Armentiére" e em "Beuvry" depois nas reparações do sector "Neuv-Chapelle", ocupado pela 2ª Brigada, durante o período intensivo de instrução no mês de Agosto e parte de Setembro de 1917.»
Desde 7 de Fevereiro a 4ª Brigada ocupa o sector de "Fauquissart", onde rendeu a 6ª Brigada de Infantaria, ficando neste até ao dia 9 de Abril em que se deu a ofensiva alemã contra a frente Portuguesa.
Durante todo este período de tempo, comportaram-se as tropas da Brigada sempre de molde a merecer o elogio e louvor das instâncias superiores, quer Portuguesas quer Inglesas, repelindo com energia todos os "raids" e ataques inimigos e tendo evidenciado sempre uma alto espírito ofensivo. No entanto as poucas horas de descanso, o tardar da rendição e os fortes e constantes ataques do inimigo levou a um evidente cansaço e fadiga física das tropas.
Batalhão Infantaria 29: com sede do comando em Red-House, constituia o apoio dos batalhões em primeira linha, tendo as suas companhias distribuídas pelos postos de apoio da 2ª linha.
Batalhão Infantaria 3: com sede do comando em "Laventie" constituia a Reserva tendo todas as companhias acantonadas nesta posição.
Morteiros médios e pesados, 4ª B.M.L., grupo de metralhadoras pesadas, achavam-se distribuídos pelas respectivas dos dois sub-sectores.
A 4ª Brigada de Infantaria ligava-se no seu flanco direito com a 6ª Brigada de Infantaria e no flanco esquerdo com uma Brigada Escocesa (119ª Brigada da 40ª Divisão Britânica) que havia dias ocupava o sector de "Fleurbaix", vinda da ofensiva do "Somme" de 21 de Março. O efectivo da brigada achava-se extremamente reduzido, pois em principio de Abril faltavam-lhe em pessoal e animal, para o seu completo, aproximadamente 51 oficiais, 1300 praças e 85 solípedes, o que era devido não só ás baixas que dia a dia a brigada vinha sofrendo nas operações com o inimigo nas ainda ao rigor do clima a que os Portugueses não estavam habituados e ao violentos e árduos trabalhos que sem descanso eram exigidos ás tropas da Brigada, desde que seguiu da zona da retaguarda para a frente em 21 de Julho de 1917, primeiro para instrução em 1ª linha por enquadramento sucessivo de companhias, e depois de batalhões sem e com responsabilidade, nos sectores ocupados por tropas inglesas desde "Fleurbaix" a "Armentiére" e em "Beuvry" depois nas reparações do sector "Neuv-Chapelle", ocupado pela 2ª Brigada, durante o período intensivo de instrução no mês de Agosto e parte de Setembro de 1917.»
Desde 7 de Fevereiro a 4ª Brigada ocupa o sector de "Fauquissart", onde rendeu a 6ª Brigada de Infantaria, ficando neste até ao dia 9 de Abril em que se deu a ofensiva alemã contra a frente Portuguesa.
Durante todo este período de tempo, comportaram-se as tropas da Brigada sempre de molde a merecer o elogio e louvor das instâncias superiores, quer Portuguesas quer Inglesas, repelindo com energia todos os "raids" e ataques inimigos e tendo evidenciado sempre uma alto espírito ofensivo. No entanto as poucas horas de descanso, o tardar da rendição e os fortes e constantes ataques do inimigo levou a um evidente cansaço e fadiga física das tropas.



 Gráfico da permanência nas linhas das brigadas da 2ª Divisão
Gráfico da permanência nas linhas das brigadas da 2ª Divisão«Foi sem dúvida na esquerda da linha, no sector de Fouquissart, guarnecido pela Brigada do Minho, que mais incarniçada foi a luta. Ao mesmo tempo que, na batalha, morreram 22 officiaes das tropas d'este sector, sendo 15 de Infantaria, 4 de metralhadoras, 2 de morteiros e 1 d'artilharia (...)» 1
«Tendo um efectivo reduzidíssimo e ocupando uma área de entrincheiramentos excessivamente grande, sem abrigos suficientes para pessoal, quer pelo seu restrito número, quer pela sua resistência, sob a acção do mais terrível e mortífero fogo de metralha, vomitado por centenas e centenas de canhões e morteiros, a Brigada sacrificou-se no seu pôsto de honra, segundo as ordens recebidas.» 2
«No lado esquerdo da 1ª linha portuguesa, guarnecido pela "Brigada do Minho", a luta foi mais violenta e, por isso, com maior numero de baixas: os alemães atacaram o lado esquerdo da "Brigada do Minho", zona fronteiriça com uma Brigada Inglesa, aproveitando as dificuldades de ligação e de comunicação aliada, inerentes a uma zona de junção de Brigadas de nacionalidades diferentes.
Os actos heróicos de resistência foram múltiplos na Brigada portuguesa que assistiu á morte e ao aprisionamento dos seus camaradas, num ritmo altamente destruidor e desmoralizador. Graças aos Minhotos, os alemães não cumpriram o seu objectivo: romper a linha aliada, através dos portugueses para atravessar o rio Lys.
Segundo António Rosas Leitão, a Infantaria 20 (originária de Guimarães), a Infantaria 8 (originária de Braga) e a Infantaria 3 (originária de Viana do Castelo) sofreram 60% das baixas, entre mortos, feridos e prisioneiros, dos seus efectivos, justificando a atribuição, após o final da I Guerra Mundial, de medalhas de valor militar e cruzes de guerra quer ás unidades da "Brigada do Minho" quer individualmente.»
IV Brigada, o Minho em nós confia
Seu nome honrado entrega em nossas mãos
E seu nome, que soou, de sempre, a valentia
Aos quatro batalhões, - unidos como irmãos
Tudo a mesma Família - há-de servir de guia
 Seu nome honrado entrega em nossas mãos
E seu nome, que soou, de sempre, a valentia
Aos quatro batalhões, - unidos como irmãos
Tudo a mesma Família - há-de servir de guia
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Canção da «Brigada do Minho»
França - Julho de 1917.
França - Julho de 1917.
*Pequeno resumo da participação da "Brigada do Minho" na I Guerra Mundial, para mais informações contactar o Blog*
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1. General Fernando Tamagnini, "Os meus três comandos", Isabel Pestana Marques, Memórias do General 1915-1919
2.Eugénio Carlos Mardel Ferreira, Tenente-Coronel, 2º Comandante da 4ª Brigada de Infantaria
Bibliografia:
Memórias do General 1915-1919, Marques, Isabel Pestana, SACRE Fundação Mariana Seixas
Das Trincheiras, com Saudade, Marques, Isabel Pestana, A Esfera dos Livros
A Brigada do Minho na Flandres, Mardel, Eugénio, o 9 de Abril
A Brigada do Minho na Flandres, Mardel, Eugénio, o 9 de Abril




 
Um comentário:
Muito bom este blog. Gostaria de usar a imagem da Bandeira da Brigada do Minho e faço o crédito com citação do link. Abraços. Dom Moyses Barbosa, Conde (Portugal) e Bispo. Abraços. meu email: conselho@pastormoysesbarbosa.com
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