Custo de um Soldado - História de uma Formula
As dificuldades orçamentais das Forças Armadas Levaram o Exército a estudar o custo mínimo para as forças em campanha. Com base nas despesas já efectuadas, concluiu-se que o custo diário médio de um combatente era, em 1965, de 105$00 para a Guiné, 115$00 para Angola e 125$00 para Moçambique.
No caso de Angola, a distribuição era a seguinte:
Vencimento e subsídio de campanha..........................................35$00
Alimentação....................................................................................23$00
Fardamento......................................................................................5$00
Transporte (via marítima)...........................................................10$00
Restantes encargos........................................................................42$00
Estes «restantes encargos» incluíam a compra de todo o armamento, equipamento, material de aquartelamento, combustíveis e lubrificantes, serviços (água, luz, correio, telefone), alojamento e assistência religiosa, sanitária e social.
Englobava, por exemplo, os seguintes custos mínimos para um exercito em operações:
Munições (dois cartuchos de espingarda/homem dia......3$00
Combustível...........................................................................2$50
Sobressalentes.......................................................................4$00
Traduzida em termos anuais, esta despesa diária (per capita) correspondia a cerca de 42 contos, daí tendo derivado a fórmula V=42n (sendo n o numero de homens).
Assim em 1965, para os 97000 homens em campanha nos três Teatros de Operações era necessários para o Exército cerca de 4 120 000 contos, estando apenas orçamentados 2 000 000 de contos para os três ramos das Forças Armadas, embora estivessem já previstos 3 450 000 contos. Ainda que todas as despesas tivessem sido pagas no fim do ano, este exemplo dá a medida das dificuldades financeiras com que se debatiam as Forças Armadas, neste caso o Exército.
In: Guerra Colonial, Aniceto Afonso, Carlos de Matos Gomes, por José Rosário Simões
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