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Republicano convicto, defendeu a intervenção de Portugal na Primeira Guerra Mundial . Esta posição política obriga-o a viajar para Inglaterra, de onde será chamado pelo então coronel Norton de Matos, em 1915. Integrando o destacamento aéreo, Torres é um dos organizadores da Escola de Aviação de Vila Nova da Rainha. Em Fevereiro de 1916, acompanhado por António Maya e Alberto Lello Portela, recebeu formação de voo em Hendon, na Grã-Bretanha. Passou depois à Escola Northold do Royal Flying Corps, onde prestou provas como piloto militar. Realizou 25 horas de voo e obteve a classificação final de 20 valores.
Depois de tirar o brevet em Inglaterra, este oficial de Cavalaria foi um dos aviadores do Corpo Expedicionário Português enviados para França durante a Primeira Guerra Mundial. Integrado na Esquadrilha SPA 65, ou Esquadrilha das Cegonhas, equipada com aviões SPAD VII e, com base em Soissons, o capitão Óscar Monteiro Torres acabou por ser abatido a 19 de Novembro de 1917 depois de ter travado um combate aéreo em circunstâncias de extrema desigualdade de forças: o piloto português ainda conseguiu abater dois Halberstadt alemães mas a seguir já nada pôde fazer contra a esquadrilha de Fokker, que o atingiu.
Acabou por falecer no dia seguinte, a 20 de Novembro de 1917, no Hospital de Militar de Laon, no norte de França. Inicialmente sepultado pelos alemães, com honras militares, no cemitério de Laon, teve depois funeral nacional a 22 de Junho de 1930.
Até hoje, foi o primeiro, e único, aviador português a morrer em combate.
Os seus restos repousam no Cemitério do Alto de São João, em Lisboa. Foi condecorado, a título póstumo, com a Legião de Honra e Cruz de Guerra francesas, e Medalha da Cruz de Guerra e Torre e Espada de Portugal.
Duelo entre Cristovam Aires de Magalhães e Óscar Monteiro Torres
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Homenagem a Óscar Monteiro Torres
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Na imagem o presidente da República António José de Almeida, dando a direita à viúva e à filha do aviador, e acompanhado pelo chefe do Governo Maia Pinto, pelo ministro da Guerra Freitas Soares e por oficiais da Escola Militar de Aviação. Óscar Monteiro Torres foi o primeiro aviador militar português morto em combate em França, durante a Primeira Guerra Mundial.
Bibliografia:
CARDOSO, Edgar Pereira da Costa – História da Força Aérea Portuguesa, Ed. Cromocolor, Lisboa, s/d
Redacção Quidnovi, com coordenação de José Hermano Saraiva, História de Portugal, Dicionário de Personalidades, Volume XX, Ed. QN-Edição e Conteúdos, S.A., 2004
(em wikipedia.org)
Revista, Portugal na Guerra, 1917, Paris 15 Setembro de 1917, Anno 1º, Nº 3
(em arquivo municipal de Lisboa)
Ilustração Portuguesa, 1921, 3 de Dezembro, p.428
Ilustração Portuguesa, 1915, 28 de Junho, p.831
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