O Porto tinha sido ocupado na segunda invasão francesa, a 29 de Março de 1809. Postos avançados foram estabelecidos para sul, até ao Vouga. Um oficial superior das tropas de Soult, com um piquete de cavalaria, foi interceptado numa emboscada na Costa de S. Tiago de Riba Ul, no antigo percurso da estrada principal.
Organizara a emboscada Bernardo António Soares Barbosa da Cunha, natural de Arrifana, que instruíra nas armas alguns mancebos, logo que se dera a invasão.
O seu objectivo era só aprisionar o grupo francês para apreender os despachos. Porém, os militares resistiram. Quando o comandante ia a tirar as pistolas dos coldres, Bernardo, com destreza, disparou a espingarda. Os soldados puseram-se a salvo, indo acolher-se na casa da Ribeira, do lugar de Salgueiros, onde o Padre Manuel Ribeiro os albergou. Além de Bernardo havia, pelo menos, cinco mancebos da Rua (Arrifana). Soube-se quem fora o organizador, e o próprio marechal Soult pôs a sua cabeça a prémio. Este, que anteriormente se retirara com a sua família para a região da serra, passou o Vouga e uniu-se ao exército anglo-luso como voluntário, participando em diversas acções militares.
Na madrugada de 17 de Abril de 1809 o exército francês cercou e tomou de assalto a pacata povoação de Arrifana. Quem ofereceu resistência ou ensaiou a fuga foi morto a tiro, à coronhada ou trespassado pelos sabres e baionetas dos soldados de Napoleão. Grande parte da população procurou refúgio no interior da igreja que, no entanto, acabou por se revelar uma verdadeira ratoeira: os franceses obrigaram todos os homens válidos a saírem do templo, seleccionando em seguida um em cada cinco.
Os “quintados” - assim ficaram conhecidos - foram de seguida fuzilados pelos invasores. Quando estes partem, deixam atrás de si a povoação em chamas e as suas vítimas empilhadas no local do massacre, dispersas por campos e caminhos e penduradas de cabeça para baixo em várias árvores. Levaram todavia algumas vítimas para o local da emboscada, onde as suspenderam em postes. Seguiu-se o incêndio da povoação que atingiu a maior parte das casas.
O número de mortos conhecido é 62. Do inquérito do autor da monografia, Rebelo Valente, através da análise dos registos paroquiais, apurou-se o número de setenta e um, mas não restam dúvidas que tenha sido maior.
O sobressalto e a desorganização geral, seguramente, não permitiram um registo exacto.
Marechal Soult nas suas memórias diz: “Assim que soube do infeliz acontecimento, dei ordens ao general Thomières para investir sobre Arrifana, a exigir que os assassinos fossem entregues para serem fuzilados e os respectivos cadáveres expostos, mandar queimar as suas casas e fazer reféns”.
Organizara a emboscada Bernardo António Soares Barbosa da Cunha, natural de Arrifana, que instruíra nas armas alguns mancebos, logo que se dera a invasão.
O seu objectivo era só aprisionar o grupo francês para apreender os despachos. Porém, os militares resistiram. Quando o comandante ia a tirar as pistolas dos coldres, Bernardo, com destreza, disparou a espingarda. Os soldados puseram-se a salvo, indo acolher-se na casa da Ribeira, do lugar de Salgueiros, onde o Padre Manuel Ribeiro os albergou. Além de Bernardo havia, pelo menos, cinco mancebos da Rua (Arrifana). Soube-se quem fora o organizador, e o próprio marechal Soult pôs a sua cabeça a prémio. Este, que anteriormente se retirara com a sua família para a região da serra, passou o Vouga e uniu-se ao exército anglo-luso como voluntário, participando em diversas acções militares.
Na madrugada de 17 de Abril de 1809 o exército francês cercou e tomou de assalto a pacata povoação de Arrifana. Quem ofereceu resistência ou ensaiou a fuga foi morto a tiro, à coronhada ou trespassado pelos sabres e baionetas dos soldados de Napoleão. Grande parte da população procurou refúgio no interior da igreja que, no entanto, acabou por se revelar uma verdadeira ratoeira: os franceses obrigaram todos os homens válidos a saírem do templo, seleccionando em seguida um em cada cinco.
Os “quintados” - assim ficaram conhecidos - foram de seguida fuzilados pelos invasores. Quando estes partem, deixam atrás de si a povoação em chamas e as suas vítimas empilhadas no local do massacre, dispersas por campos e caminhos e penduradas de cabeça para baixo em várias árvores. Levaram todavia algumas vítimas para o local da emboscada, onde as suspenderam em postes. Seguiu-se o incêndio da povoação que atingiu a maior parte das casas.
O número de mortos conhecido é 62. Do inquérito do autor da monografia, Rebelo Valente, através da análise dos registos paroquiais, apurou-se o número de setenta e um, mas não restam dúvidas que tenha sido maior.
O sobressalto e a desorganização geral, seguramente, não permitiram um registo exacto.
Marechal Soult nas suas memórias diz: “Assim que soube do infeliz acontecimento, dei ordens ao general Thomières para investir sobre Arrifana, a exigir que os assassinos fossem entregues para serem fuzilados e os respectivos cadáveres expostos, mandar queimar as suas casas e fazer reféns”.
Fonte: Câmara Municipal de St. Maria da Feira
Um comentário:
Há que geminar Arrifana com Orsdour sur Glane.
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