«Em plena Serra da Freita, na Portela da Anta, situada á cota 1076 m, existe um monumento megalítico e que é reconhecido pelos especialistas como de grande relevo na península, não pelo seu espólio, mas devido ás suas excepcionais dimensões, com um diâmetro de "tumulus", de cerca de 40 metros.
Anta é a designação dado no país para certo tipo de construções em pedra, tendo também o nome de dólmen, sendo já esta designação um galicismo.
O povo da nossa região e em Portugal designa essas construções de "Arca", "Orca", "Casa de Mouros", "Mâmoa" e ainda outros nomes, sendo estes os mais correntes e que se podem, facilmente, encontrar como designações toponímicas de certos locais bem conhecidos de todos.
As antas assinalavam o local de sepulturas, não estando propriamente definido se serviam ou não as personagens importantes daqueles recuados tempos. A localização cronológica é geralmente aceite no período que se convencionou designar por CULTURA MEGALÍTICA, que se estende desde cerca de 2500 anos antes de Cristo, ou seja há 3500 a 4500 anos atrás. A datação é feita, com mais exactidão, caso a caso, baseando-se no respectivo espólio, embora alguns especialistas tomem também em consideração o traçado da respectiva planta, a posição e orientação relativas.
O levantamento arqueológico destes monumentos e doutros das mais recente CULTURA CASTREJA foi feito na região pelo Dr. Alberto Soute, há cerca de 4 dezenas de anos atrás, não tendo lamentavelmente, ficado ou sido divulgados quaisquer elementos na região (concretamente sobre Castro de Chão do Carvalho, Anta do Cercal, Portela da Anta, Outeiro dos Riscos, etc...)
A par de algumas autoridades que na nossa região protegeram este tipo de monumentos (Ex: Padre de "Tondela", pároco de Arões e presidente da C. Municipal de Macieira de Cambra) outros estudaram os referidos documentos mas não deixaram notas sobre os referidos estudos, perdendo também o rumo dos respectivos espólios. Recentemente a Portela da Anta, durante o Verão tem sido estudada por arqueólogos competentes auxiliados por estudantes da Escola Secundária de Arouca.
O dólmen da Portela da Anta é constituído por 9 pedras aprumadas ("esteios") que limitam um espaço quase circular, não possuindo sobre estas a costumada "mesa". O espaço delimitado pelos "esteios", a "Câmara" como é designada. comunica com a parte exterior por um corredor, mais baixo que a "Câmara" e igualmente formado por pedras ao alto ("esteios"), também sem a usual cobertura.
A construção encontra-se numa ligeira elevação de terreno e com o corredor referido apontado para sudeste.
Á volta do monumento e em parte coberto com ele, existe um monte de terra com pequenas pedras, o "tumulus", parte que lhe confere notoriedade pelas invulgares dimensões.
Têm sido várias as sugestões apontadas para a existência desta configuração, desde efeitos da erosão até técnicas de construção para colocação das "tampas".
Resta dizer que é importante o conhecimento e preservação deste património, que é a memória do nosso povo e da nossa cultura.»
Anta é a designação dado no país para certo tipo de construções em pedra, tendo também o nome de dólmen, sendo já esta designação um galicismo.
O povo da nossa região e em Portugal designa essas construções de "Arca", "Orca", "Casa de Mouros", "Mâmoa" e ainda outros nomes, sendo estes os mais correntes e que se podem, facilmente, encontrar como designações toponímicas de certos locais bem conhecidos de todos.
As antas assinalavam o local de sepulturas, não estando propriamente definido se serviam ou não as personagens importantes daqueles recuados tempos. A localização cronológica é geralmente aceite no período que se convencionou designar por CULTURA MEGALÍTICA, que se estende desde cerca de 2500 anos antes de Cristo, ou seja há 3500 a 4500 anos atrás. A datação é feita, com mais exactidão, caso a caso, baseando-se no respectivo espólio, embora alguns especialistas tomem também em consideração o traçado da respectiva planta, a posição e orientação relativas.
O levantamento arqueológico destes monumentos e doutros das mais recente CULTURA CASTREJA foi feito na região pelo Dr. Alberto Soute, há cerca de 4 dezenas de anos atrás, não tendo lamentavelmente, ficado ou sido divulgados quaisquer elementos na região (concretamente sobre Castro de Chão do Carvalho, Anta do Cercal, Portela da Anta, Outeiro dos Riscos, etc...)
A par de algumas autoridades que na nossa região protegeram este tipo de monumentos (Ex: Padre de "Tondela", pároco de Arões e presidente da C. Municipal de Macieira de Cambra) outros estudaram os referidos documentos mas não deixaram notas sobre os referidos estudos, perdendo também o rumo dos respectivos espólios. Recentemente a Portela da Anta, durante o Verão tem sido estudada por arqueólogos competentes auxiliados por estudantes da Escola Secundária de Arouca.
O dólmen da Portela da Anta é constituído por 9 pedras aprumadas ("esteios") que limitam um espaço quase circular, não possuindo sobre estas a costumada "mesa". O espaço delimitado pelos "esteios", a "Câmara" como é designada. comunica com a parte exterior por um corredor, mais baixo que a "Câmara" e igualmente formado por pedras ao alto ("esteios"), também sem a usual cobertura.
A construção encontra-se numa ligeira elevação de terreno e com o corredor referido apontado para sudeste.
Á volta do monumento e em parte coberto com ele, existe um monte de terra com pequenas pedras, o "tumulus", parte que lhe confere notoriedade pelas invulgares dimensões.
Têm sido várias as sugestões apontadas para a existência desta configuração, desde efeitos da erosão até técnicas de construção para colocação das "tampas".
Resta dizer que é importante o conhecimento e preservação deste património, que é a memória do nosso povo e da nossa cultura.»
* In: Ecos do Povo, Ano 2 - nº2 - Outubro 1992
Fotos:
Município de Arouca
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