Porque é o meu jornal preferido, recupero aqui uma notícia num evento onde marquei presença.
«A I Guerra Mundial foi particularmente dura para os portugueses. Nas trincheiras, pouco antes da derrota histórica de Abril de 1918, na batalha de La Lys, a situação era desesperada, o moral das tropas era baixissimo. A muito aguardada substituição dos soldados portugueses pelas tropas inglesas há muito que vinha sendo adiada. E a agitação política em Portugal não ajudava. Os soldados sentiam-se esquecidos na Flandres frente a um Exército alemão que avançava em direcção a eles.
Entre estes homens encontrava-se Arnaldo Rodrigues Garcez, fotógrafo, nascido em Santarém em 1885. Quando a guerra começou, Garcez já se tinha mudado para Lisboa, onde começara a trabalhar como freelancer para alguns jornais. Foi convidado para registar treinos militares dos soldados que se preparavam para partir para a frente de batalha e, mais tarde, seguiu o mesmo caminho, sendo enviado para a Flandres com o posto de “alferes equiparado” para fazer a cobertura fotográfica no teatro de guerra.
Mais de 100 destas fotografi as podem ser vistas até dia 22 no Palácio do Gelo Shopping, em Viseu, numa exposição organizada em conjunto com o Regimento de Infantaria nº 14. Trata-se de imagens recentemente reunidas pelo Exército Português para o livro Exército Português - Imagens da I Guerra Mundial.
São rostos e momentos que Garcez captou nas trincheiras e no meio dos campos de batalha, em França e outros países europeus. Depois do conflito ter terminado, em 1918 – e de os portugueses terem perdido dois mil homens, e terem ficado com 5000 feridos e 6000 prisioneiros – Garcez ainda permaneceu em França, onde fotografou as celebrações da vitória.
De regresso a Portugal, em 1921, acompanhou as cerimónias de transladação dos corpos do Soldado Desconhecido para o Mosteiro da Batalha. Arnaldo Garcez morreu em 1974 com 78
anos.»
In: Público, P2 , de 13-03-2009
Entre estes homens encontrava-se Arnaldo Rodrigues Garcez, fotógrafo, nascido em Santarém em 1885. Quando a guerra começou, Garcez já se tinha mudado para Lisboa, onde começara a trabalhar como freelancer para alguns jornais. Foi convidado para registar treinos militares dos soldados que se preparavam para partir para a frente de batalha e, mais tarde, seguiu o mesmo caminho, sendo enviado para a Flandres com o posto de “alferes equiparado” para fazer a cobertura fotográfica no teatro de guerra.
Mais de 100 destas fotografi as podem ser vistas até dia 22 no Palácio do Gelo Shopping, em Viseu, numa exposição organizada em conjunto com o Regimento de Infantaria nº 14. Trata-se de imagens recentemente reunidas pelo Exército Português para o livro Exército Português - Imagens da I Guerra Mundial.
São rostos e momentos que Garcez captou nas trincheiras e no meio dos campos de batalha, em França e outros países europeus. Depois do conflito ter terminado, em 1918 – e de os portugueses terem perdido dois mil homens, e terem ficado com 5000 feridos e 6000 prisioneiros – Garcez ainda permaneceu em França, onde fotografou as celebrações da vitória.
De regresso a Portugal, em 1921, acompanhou as cerimónias de transladação dos corpos do Soldado Desconhecido para o Mosteiro da Batalha. Arnaldo Garcez morreu em 1974 com 78
anos.»
In: Público, P2 , de 13-03-2009
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